sexta-feira, 3 de junho de 2011

A explosão ragatômica da cabeça que voou

Esfregando o corpo num motel de 5 estrelas celestes
Passando a noite virando copos, dias são passados inertes.
Outdoors anunciam as desculpas do talão de cheque
O neon brilha, o enegético contagia e a alegria do xeque-mata
O poste que ilumina a carcaça d'alma vazia que anda pelo canto da calçada.

A bolsa vira um calabouço da necessidade desnecessária
É desnecessário compartilhar esta alegria da noite passada.
Tão irreal, se prende a pilulas para aliviar o dia de ressaca
O esbosso de um bom dia é dado segunda-feira
Terça-cheira
Quarta-bebe
Imagine sexta, a sexta fede.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Uma piada sem graça

A textura, o cinza, os fantasmas na neblina.
O desperdício, o lixo e os zumbis.
Uniformes, fardas, ternos ou batinas.

Porcos, homens, vacas e mulheres
Whisk, cerveja, sexo para um dia célebre.
Ouro, platina mas já foi dito que quem com ferro fere...

Fumaça, nicotina, cafeína e cocaína
Para padres de terno, e homens de batina
O metal retorcido é dividido por histórias de divídas
O coletivo do nome é separado por fones
Esse é o meu ponto, ilhas são unidas por pontes.

Stereo, mono, homo, homem
Azuada, o doido, o barulho e a fome
Consome, consome, consome, some.
Despertadores, hórarios, despertam dores.
Somem.

Enquanto isso no interior do poder.

O leite é escasso, as vacas são muitas. Suponho que alguém ou algo, ou alguém com algo as alimente, talvez o fazendeiro sorridente, com um canavial de dinheiro e muitas sementes.
O filho do fazendeiro, o tal do Agroboy com seu pequeno grande carro em meio a motoboys leva a nutrição das vacas carentes.
Motoboys encontram diversão nesse rodeio onde eles são os bois, sem rodeios entregam o dinheiro do fazendeiro, ele não pode moscar, o fazendeiro pode o demitir ou o matar.
O leite escasso das vacas que o fazendeiro ordenha com muita facilidade está farto em sua mesa junto com o queijo suiço, mesmo lugar onde está seguro o seu dinheiro sujo.
O motoboy está farto da mesa infarta e de tanto trabalho para merrecas, farto da correria entre retrovisores que ele nunca verá o próprio reflexo. Nem ele mesmo sabe porque continua entregando o produto do fazendeiro e naquele pequeno envelope está uma grande quantia de farinha, na sua mesa a pouca farinha mal serve para alimentar suas crias. Em suas mãos uma grande quantia para o troco, em seus bolsos uma mixaria, que tolo.
Os amigos do agroboy, balaçam seu único ovo, o whisk está gelado o enérgetico dá energia para garantir de outras vacas seus desejos sórdidos. Mesmo menos poderosos, fazem acordos enquanto se esbaldam com a cara no prato, um nariz de platina, um infarto.

domingo, 1 de maio de 2011

That shits do not make any sense

Estou começando a achar que essa coisa do mundo todo é só um grande romance sem sentido algum, eles comemoram a morte de um inimigo como se fosse um troféu, eles bocejam desejos incessantemente para chegar ao céu, respeitam o despertador ao máximo e esse dito tempo faz-te réu, quantos de nós vêem?
Só percebe isso os que já veem, os que não respeitam o despertador. E acaba não fazendo diferença nenhuma, como esse texto para os que respeitam. Eu ouvi que as respostas estão voando com o vento e como ouvir o som deste vento em meio ao barulho do caos das ondas de todas essas grandes cidades, quantos de nós ouvem?
A lentidão da mudança é como a beira do precipício, ali é tão facil desistir, ali nas ondas dessas grandes cidades de grandes distâncias, de ilimitadas conexões, ali. Ali é tão fácil de se perder, tão conectadas, tão fácil de se achar e ainda assim é tão difícil, os que bocejam ares ilusórios, os que fraquejam com problemas simplórios, cheirando clorofórmio, perdendo o tempo de ócio pois o despertador tocou para o inglório, que fazem da leitura deste romance um desejo quase mórbido... Está bem que as respostas estejam com o vento, mas quem disse que eu tenho sentido? quem sabe o que eu tenho sentido? Quem sabe o por que que não tenho dormido?
Não se liga para o privilégio de nascer e viver, ligam-se no privilégio das acomodações nas melhores posições que o mérito de vencer proporciona. Mas iai, quem dará sentido as páginas incenssatas? Uma criança se comparado ao começo do escrito, não. Porém, vagueio como o vento e suas momentâneas e tão lúcidas respostas.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Demência

O êxito das lojas de conveniência
As grandes armas da ciência
Todos os métodos para perder a paciência
Seja um vencedor e não tenha consciência
Me apago na nossa coexistência
Me descalço das sandálias da inocência
Surpreendo-me em ato de condescendência
O pretérito é perfeito ás vésperas da aparência
Sufoco, ultimando-me a espera de impaciência
Extraindo formas e variadas formas de potência
Exalando e submergindo sob a onisciência
Vanglorio-me de bobagens e radiofrequências
Homens e mulheres no apogeu da coincidência...



Por Vinícius Cardoso e Lucas Barreto

A rainha.

Eu conheço a rainha do mundo e ela sabe de tudo
Ela não fala nada e eu escuto mudo
Tão por dentro moderno e antenada...
Antes o meu nada
Bocejando fluidos, planejando caras
Rostos apaixonantes e uma roupa cara
Essa é a rainha do mundo deixando os caras mudos
Enquanto seu ouvido surdo não a deixa abrir os olhos
ela vai comprando roupas caras, planejando caras
deixando caras mudos, é, ela sabe de tudo.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ideal

Imaginando diálogos pouco prováveis, repetidamente.
Mesmo que... Não, não se falaria sobre aquilo, não com tanta propriedade, não com tanta certeza, não com essa coragem
Um discurso acalorado, mãos e pés no lugar certo... Ah, eu te convenci... Com essa palestra também, curvam-se... Também, com essa palestra
Perfeito! E eu acordo o plano está pronto, tomo banho, limpando a sujeira, a coragem e a convicção até esquecer do plano perfeito, os pés e as mão estavam finalmente no lugar certo, me esqueci...

Repete-se novamente, e eu novamente ganho... Ah, eu te convenci.
É ideal, mas só e daí não vai sair. Bolando planos, diálogos.
Passo o pano, plano rasgado
As ideias sempre tão boas, boas intenções, articulações, conclusões... E eu novamente ganho.
Até acordar e me perder, até ganhar e perder... A vida passa.

sábado, 16 de abril de 2011

Menina rosa...

Eu te vi hoje, você estava igual...
Você não liga, continua linda
Minha reação também não me surpreendeu.
Eu também estou igual...
Eu ligo, continuo calado.

Deve-se seguir, é necessário seguir...
Uma vez, um menino velho me disse que não se pode parar
Aquela música me disse que não se pode parar, é eu entendi.
A práxis é o conceito do conselho que não sigo, se deve seguir, mas não, eu não.
Não quero gostar, mas é o que acaba acontecendo
Agora é certeza de que gosto disso, não do martírio, só da dúvida.
Mas se essa é a consequencia, não há nada a se fazer
Aceito calado pela madrugada, pela madrugada... Não há nada a se fazer..

Ainda

Eu não posso ficar aqui montando cidades ou colhendo bagas
E ela decide que não vai decidir nada
Eu só pedi uma ligação e um pouco de você
E ela decidiu que não vai decidir nada
É sua unica decisão?
Isso parece não ter fim
Eu não quero um fim, mas esse não é o começo certo

Há fumaça na luz..
A fumaça na luz não diz nada e eu quero respostas
Será que preciso, será que vou precisar mais quando achar as da vez?
Sempre o será, nunca é.
Sempre o talvez, sempre a incerteza, isso não sai da minha cabeça
Em cima do pescoço estão as respostas, a mesma tecla.
Eu ja devo ter achado, mas só vejo o que quero... Será? talvez..

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um presente maior.

Eu queria te dar um presente, queria.
Pareceria mais decente, iria.
Nem e por varias vezes eu te dei o melhor presente, e você?
Você aceitou, mas deixou-lhe de lado, então qual o presente de hoje? Você o deixará de lado? Melhor não arriscar, sei lá..
O mais bonito ofereço, o mais sincero, e quase nenhum apreço.
Amanha, talvez te dê outro presente, ou o mesmo, sei lá..
Se for a solução, será.
Se for o problema me explicarei, você ira entender, irá.
Mais de uma vez me explicarei, você vai reclamar, uma cortante caneta vermelha.
Tomarei-o de volta se me cansar.
Se entregue, sou o oposto e não entendo o contrário.
Não sou o encosto, nem o ótario. Não se canse, ainda aguento.
Não ame, deve ter sido algum juramento. É só dizer sim e aproveitar o momento.
Fazer d'outro juramento, um presente, para varios momentos, quem sabe? De repente...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

São sempre discursos, palestras, pratileiras organizadas.
Curtas premissas são dados certas, promessas são falsas,
sonolentas e vivas promessas falhas.
Os dados rolam enquanto se devia viver, de que valem dados obtidos desorganizados...
Dívida moral, Madrugada superficial
A dúvida do normal, de um dia normal, perguntas sobre o que é natural...
As promessas não cessam, fazem parte da rotina do A, normal...
A Ilha ou um deserto, demais ou de menos.

E o que cerca não se devia ligar.
Se liga, diz o sereno, mas o dia começa,
e tudo se desliga ao seu redor.
A incerteza de uma rotina certa que de tão certa se confunde.

Parado em esquinas, meninos e meninas,
que mais parecem homens e mulheres,
que mais parecem meninas e meninos,
quem mais parece estar perdido?
Anjos caídos, culpados absolvidos,
meninos e meninas. Abduzidos.

sábado, 2 de abril de 2011

Está escuro demais para ver seu rosto mas ela está ao meu lado, eu sei.
Está escuro demais, e é dia.
O homem de lata volta ao convivio, é dia.
Não Pertube diz a porta, mas quem se importa?
O meu disturbio é solitario, por favor, deem a volta...
A voz da melancolia em minha cabeça
Uma agonia, e ainda é dia.
A noite músicas tristes rolam ao fundo, misturando-se com a voz em minha cabeça
Ela está ao meu lado de mãos entrelaçadas, esperando um movimento meu para ir embora
Mas eu estou preso, talvez não queira que ela se vá
Talvez ela seja uma boa desculpa que não vai ser dita.
Talvez eu encontre a saída.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Tipo, quando a saudade vem e você fica impotente, porque as 2 horas da madrugada, é dificil de encontra-la... Sua cabeça não para, não deixa o sono vir, ele não virá, ela também não virá, as horas passam devagar, o que me resta é lembrar daquele olhar daquele dia, daquela noite, daquele luar, naquele lugar, eu sei que você sabe, você também estava lá.....

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Para esquecer...

Essa não é para lembrar-nos... Até que serviria para encorajar um bonito e inocente desejo revolucionário, mais isso não importa, de todas as formas, desnecessário. De nenhuma, necessário.
A verdade vem de dentro, pouco me importa sabe, essa coisa de verdade, se você vive na realidade ou se você não sabe o que é realidade. É verdade, pouco me importo.
Não me sinto bem perdendo meu tempo de ócio criativo, tentando encontrar o seu eu em você, quando eu mesmo não encontrei o meu em mim.