segunda-feira, 9 de maio de 2011

Uma piada sem graça

A textura, o cinza, os fantasmas na neblina.
O desperdício, o lixo e os zumbis.
Uniformes, fardas, ternos ou batinas.

Porcos, homens, vacas e mulheres
Whisk, cerveja, sexo para um dia célebre.
Ouro, platina mas já foi dito que quem com ferro fere...

Fumaça, nicotina, cafeína e cocaína
Para padres de terno, e homens de batina
O metal retorcido é dividido por histórias de divídas
O coletivo do nome é separado por fones
Esse é o meu ponto, ilhas são unidas por pontes.

Stereo, mono, homo, homem
Azuada, o doido, o barulho e a fome
Consome, consome, consome, some.
Despertadores, hórarios, despertam dores.
Somem.

Enquanto isso no interior do poder.

O leite é escasso, as vacas são muitas. Suponho que alguém ou algo, ou alguém com algo as alimente, talvez o fazendeiro sorridente, com um canavial de dinheiro e muitas sementes.
O filho do fazendeiro, o tal do Agroboy com seu pequeno grande carro em meio a motoboys leva a nutrição das vacas carentes.
Motoboys encontram diversão nesse rodeio onde eles são os bois, sem rodeios entregam o dinheiro do fazendeiro, ele não pode moscar, o fazendeiro pode o demitir ou o matar.
O leite escasso das vacas que o fazendeiro ordenha com muita facilidade está farto em sua mesa junto com o queijo suiço, mesmo lugar onde está seguro o seu dinheiro sujo.
O motoboy está farto da mesa infarta e de tanto trabalho para merrecas, farto da correria entre retrovisores que ele nunca verá o próprio reflexo. Nem ele mesmo sabe porque continua entregando o produto do fazendeiro e naquele pequeno envelope está uma grande quantia de farinha, na sua mesa a pouca farinha mal serve para alimentar suas crias. Em suas mãos uma grande quantia para o troco, em seus bolsos uma mixaria, que tolo.
Os amigos do agroboy, balaçam seu único ovo, o whisk está gelado o enérgetico dá energia para garantir de outras vacas seus desejos sórdidos. Mesmo menos poderosos, fazem acordos enquanto se esbaldam com a cara no prato, um nariz de platina, um infarto.

domingo, 1 de maio de 2011

That shits do not make any sense

Estou começando a achar que essa coisa do mundo todo é só um grande romance sem sentido algum, eles comemoram a morte de um inimigo como se fosse um troféu, eles bocejam desejos incessantemente para chegar ao céu, respeitam o despertador ao máximo e esse dito tempo faz-te réu, quantos de nós vêem?
Só percebe isso os que já veem, os que não respeitam o despertador. E acaba não fazendo diferença nenhuma, como esse texto para os que respeitam. Eu ouvi que as respostas estão voando com o vento e como ouvir o som deste vento em meio ao barulho do caos das ondas de todas essas grandes cidades, quantos de nós ouvem?
A lentidão da mudança é como a beira do precipício, ali é tão facil desistir, ali nas ondas dessas grandes cidades de grandes distâncias, de ilimitadas conexões, ali. Ali é tão fácil de se perder, tão conectadas, tão fácil de se achar e ainda assim é tão difícil, os que bocejam ares ilusórios, os que fraquejam com problemas simplórios, cheirando clorofórmio, perdendo o tempo de ócio pois o despertador tocou para o inglório, que fazem da leitura deste romance um desejo quase mórbido... Está bem que as respostas estejam com o vento, mas quem disse que eu tenho sentido? quem sabe o que eu tenho sentido? Quem sabe o por que que não tenho dormido?
Não se liga para o privilégio de nascer e viver, ligam-se no privilégio das acomodações nas melhores posições que o mérito de vencer proporciona. Mas iai, quem dará sentido as páginas incenssatas? Uma criança se comparado ao começo do escrito, não. Porém, vagueio como o vento e suas momentâneas e tão lúcidas respostas.